quinta-feira, 18 de março de 2010

Debates sobre lutas e conjunturas


Nos dias 1 e 2 de abril estaremos realizando no CEU-RUA (Pç. Sinimbu) a atividade "Debates sobre lutas e conjunturas", que contará com a presença de companheiros da BA, CE, PE, além de companheiros de Delmiro Gouveia (AL).

Haverá também no local a banca de livros da editora e cooperativa Faísca.

domingo, 7 de março de 2010

[CAZP] Alagoas e a contrução do Poder Popular

ALAGOAS E A CONSTRUÇÃO DO PODER POPULAR
Documento Teórico-Estratégico Anarquista
Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares
Março 2010

I. Apresentação

II. Formação sócio-espacial e elementos econômicos e políticos
a) colonização, povoamento e formação de Alagoas
b) a monocultura canavieira na economia alagoana
c) disputas intraclasse, controle do Estado e perfil político da elite alagoana

III. Luta, lutadores e oprimidos de nossa história
a) resistência indígena
b) palmares das alagoas
c) cabanada alagoana
d) movimento dos trabalhadores rurais
e) primeiros passos do movimento operário-urbano

IV. Pensando uma perspectiva e estratégia de Poder Popular desde Alagoas
a) o periférico e particular: desafio teórico, importância estratégica-prática
b) métodos de luta e a organização dos oprimidos –
a opção federalista e autogestionária do Poder Popular
c) conhecer o terreno da luta e resgatar nossa memória e rebeldia

V. Bibliografia

-X-

Para ler o documento, baixe o arquivo aqui. (novo link)

[CAZP 8 ANOS] Saudação

CAZP: 8 anos de História e de luta!

A vontade de aprofundar o conhecimento sobre anarquismo e a curiosidade referente à como pôr tais idéias em prática coletivamente, foram os motores na junção e permanência para algumas pessoas manterem-se reunidas em torno de uma mesma bandeira. Esses foram os passos iniciais em que se formou o Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP). Desde os primeiros momentos nos encontros, enfrentando as mais diversas adversidades, seja a falta de um lugar que garantisse a concentração e privacidade para as reuniões até a falta de um auxílio como referencial político-teórico-organizacional, a necessidade de intervirmos de forma modéstia, porém, como anarquistas, na luta de classes, sempre foi nosso objetivo e desafio. E lá se vão 8 anos de História e de luta! Trajetória formada com erros e acertos, algo típico de qualquer grupo com compromisso militante.

Foram, mais ou menos, 3 anos para começarmos a consolidar nossos princípios, práticas e responsabilidade coletiva, agora, como organização. O ano de 2005 é este marco. Foi neste ano que assinamos a Carta de Intenções do Fórum do Anarquismo Organizado (FAO) e, desde então, temos nos dedicado com afinco a esta construção. Esta, que se afirma baseada no federalismo, na ação direta e na solidariedade classista; estes que, são princípios e, como tal, inegociáveis. Desta forma, procuramos conhecer o nosso chão, com o objetivo permanente de fincar raízes, porém, em constante coordenação e sintonia com demais organizações anarquistas do Brasil e de nossa latino-america, onde a realidade nos é mais próxima.

Temos a convicção de que por mais longo que seja, com obstáculos e as mais diversas tentativas de vencimento pelo cansaço; estamos no caminho certo. A História já nos mostrou que a classe trabalhadora já optou por alternativas de se pegar atalhos e, estes, levaram-na a edificação Estados autoritários e centralistas. Certos de nossos princípios, respaldados por nossa memória e pelo total respeito a tantos de nós que tombaram lutando e acreditando em nossa ideologia, não poderia ser diferente: nós anarquistas continuamos negando tais atalhos. Buscamos a transformação radical da sociedade, não apenas no âmbito econômico, mas social, político, cultural, ético. Deste modo, sem um povo que seja forte, não conseguiremos vitória.

Acreditamos que a liberdade só pode ser construída e consolidada pela própria liberdade. Aqui fica explícito nosso total acordo com Bakunin, que já no século XIX afirmava esta premissa. E que, hoje, continua tão atual quanto ontem. Verborragia ácida, auto-proclamação ou formas autoritárias de organização não resultam em um povo forte, no máximo, pode resultar em uma boa propaganda de sua própria organização, não muito mais que isso. Portanto, afirmamos em nossa Declaração de Princípios que: "se a grande maioria de um movimento social não for protagonista de suas próprias lutas esse projeto não está com consistência e há muito ainda o que fazer". Tentamos dar uma pequena contribuição a nossa classe e a nossa ideologia com nossa militância comprometida e coordenada.

Este momento reflete parte de nosso acúmulo e estamos muito felizes por compartilharmos e nos confraternizarmos em comemoração a esses 8 anos, com companheiras e companheiros que, de alguma forma, fizeram e fazem parte dessa História. Reafirmamos a firmeza com nossos princípios, além de nossa responsabilidade coletiva e nosso compromisso militante em lutarmos pela construção do Poder Popular desde agora e a partir da terra de Palmares. Esse é apenas mais um passo, de fato, bem modesto, no entanto, assim como toda caminhada, outros passos virão. E assim devemos seguir rumo à liberdade. Anarquismo é luta!